sexta-feira, 31 de julho de 2015

Um Show do Tim Maia pra curar o Brasil de tanto ódio!



Quero mandar um beijo e um abraço com muito carinho a quem não se alimenta do ódio.
Ofereço mil rosas a quem não faz da raiva seu combustível.
A energia anda pesada. Parece que isso nunca terá fim.
Tanta gente que só tem boca pra falar merda. Advinha o cheiro que tem o hálito desse povo? Da pra sentir no ar. No efeito estufa. Piora o aquecimento global.
Mas digo sinceramente, na vida a coisa mais feia é gente que vive chorando de barriga cheia.
Não quero somatizar todo esse rancor.
Quem não gostar de mim é só me des-seguir, ignorar, bloquear, esquecer. Sai pra lá com essa zica braba porque quando bate volta.
Só sei que o Tim Maia faz muita falta.
Tudo o que o Brasil precisaria seria de um show coletivo do Tim Maia pra refrescar o cecê, como ele dizia.
"Todo mundo dançando! Quem não dança segura a criança! Eu e você, você e eu. JUNTINHOS! Haw haw haw! Vou pedir pra você voltar... Quando a gente ama não pensa em dinheiro, só se quer amar, se quer amar"
Onde perdemos aquele sorriso?
Esse show coletivo do Tim Maia, de grátis, de norte a sul do Brasil, sem camarote ou pulseirinha VIP, será mais um show que ele irá faltar.
Que pena.
Bem que a gente precisava

Pior que tá fica - Peguem leve com o Tiririca



Por favor, não usem o exemplo do Tiririca quando falarem das candidaturas de Datena, Russomano e João Dólar Junior.
A verdade é que o Tiririca não merece esse insulto!
Aliás, olhando atentamente o lodo geral desse parlamento, é possível dizer que na média o Tiririca até que é bom deputado. 
Ainda que sua campanha seja vazia de propostas. Como todas as outras, a verdade é essa... Nem sei pra que existe horário eleitoral para candidato a deputado.
Acontece que as pessoas votam num Palhaço que ao final se revela um bom deputado. Com toda sua simplicidade, porém mais dedicado que a maioria.
Em outros casos, a população vota num show man midiático, com incontinência verborrágica, mas que no fundo não passa de um palhaço. Ou melhor, de um bobo da corte de interesses inconfessáveis!

quarta-feira, 29 de julho de 2015

A Candidatura de Datena




A candidatura anunciada de José Luiz Datena para a prefeitura de São Paulo e seu imenso potencial de êxito eleitoral nos dá mostras claras da deterioração do sistema político tradicional, com partidos políticos que se converteram em cartórios de despachos de interesses sazonais, quase sempre mesquinhos, políticos desconectados da grande massa do eleitorado, preocupados com o discurso fácil e quase sempre vazio, ou mesmo das rachadoras que parecem condenar a democracia representativa.
Claro que a candidatura de Datena é uma péssima novidade para São Paulo. Porém, mais importante neste momento é entender como essas coisas acontecem e podem se reproduzir como tendência daqui pra frente, inclusive nas eleições estaduais e também presidenciais.
A perda de popularidade da Presidenta Dilma e do Prefeito Haddad enchem de ânimo os principais partidos de oposição.
Manifestações públicas, ainda que desorganizadas do ponto de vista ideológico, tem levado milhares de pessoas às ruas, dando sinais evidentes do desgaste do Partido dos Trabalhadores, sobretudo entre as classes médias urbanas após mais de 12 anos no poder.
Porém, ainda que os partidos de oposições estejam excitados com o atual momento, seria recomendável que analisassem com mais cuidado a atual conjuntura.
Não há força política regular capaz de capturar a histeria coletiva turbinada que está em erupção.
Tampouco, as forças políticas de oposição, do sistema político tradicional, têm a capacidade de dar direção para que essas manifestações venham a convergir para uma pauta programática e razoável da vida nacional.
O momento favorece justamente o aparecimento dessas figuras externas supostamente alheias à política tradicional e que surgem como salvadores capazes de redimir justamente aqueles que se sentem impertinentes às principais instituições, esperando alguém que "de cima para baixo" possa reordenar as relações e, no imaginário nem sempre consciente do eleitorado, dar mérito a quem sente merecer, premiar quem se sente excluído, dar voz a quem não pode falar, reconhecer quem se sente invisível, recompensar os bons filhos, os bons pais, o cidadão de bem (aspas gerais).
Trata-se da ninguendade que habita em São Paulo e que a esquerda, com uma lentidão absurda, insiste em não enxergar.
Essa ninguendade é composta de uma massa desorganizada que não se sente pertinente às instituições regulares, aos movimentos sociais, partidos políticos, sindicatos, associações, organizações, etc. Um mundo de gente que não tem nem carteira assinada, vivendo à margem da formalidade, vendendo o almoço para pagar a janta. Pra esse povo, o ator proletário que protagoniza o imaginário da esquerda até os dias de hoje, como o trabalhador industrial metalúrgico, ou os bancários, por exemplo, são privilegiados e desfrutariam de "seguranças" e "garantias" que esse lúmpen da classe média não tem.
Mas vale destacar que não é certo que candidaturas como de Datena e Russomano alcancem os objetivos almejados.
O saber político é diferente de todos os outros saberes. As tarefas são distintas e a ilusão que um comunicador necessariamente nade de braçadas na política pode naufragar rapidamente.
Neste momento, ficam lições que a sociedade deveria aprender de uma vez por todas.
Por trás de manchetes escandalosas, críticas contundentes e ataques públicos de verborragia na imprensa, inevitavelmente existem interesses políticos de diferentes naturezas, alguns corporativos, outros pequenos e mesquinhos.
A população poderá aprender do pior jeito que nenhum show man arrivista dispõe de condições excepcionais para dar conta das tarefas de gerir uma cidade, um estado ou um país.
Que a solução das nossas mazelas não está na exaltação de personalidades estravagantes.
Não há nenhum vício do setor público que não tenha equivalência com a vida privada cotidiana.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Este mundo cheio de heróis



Vivemos um tempo repleto de heróis.
Tanta gente ética. Tanta gente que defende a honestidade.
Tanta gente falando em nome de Deus. Tanta gente que acredita demais em si mesma. Tanta gente disposta a amarrar os outros no poste para depois começar o linchamento.
Tanta gente em condições de marcar você em uma publicação pra te acusar das piores coisas, sem conhecer de fato seu caráter. Tanta gente querendo ofender
Todo mundo imbuído dos melhores propósitos.
Todo mundo disposto a mudar o Brasil.
A salvar a humanidade do grande mal que são os outros.
Cada um vive em uma casinha mental muito estreita e apertada. Com regras rígidas e severas. Ou você está 100% adequado e compatível com cada ordenamento mais minucioso e particular ou você está no mesmo lugar dos piores canalhas.
Tanta gente em condições de condenar os outros a morte.
Basta publicar seu comentário "morre vagabundo!".
Tá todo mundo muito bem.
Ninguém nunca mentiu, Ninguém nunca errou. Ninguém nunca fez aborto. Ninguém nunca foi machista. Ninguém nunca contou piada de negro. Ninguém nunca faltou na missa. Ninguém nunca traiu. Ninguém nunca deixou um amigo pelo caminho. Ninguém nunca desligou o celular quando alguém mais precisava. Ninguém nunca votou no rouba mas faz. Ninguém nunca esqueceu sua categoria pra garantir um salário melhor. Ninguém nunca tomou decisões conservadoras. Ninguém nunca chorou olhando no espelho. Ninguém nunca ficou com o nome sujo. Ninguém nunca jogou lixo na rua.
Tá todo mundo muito bem!
Todo mundo esperando Jesus voltar para pregá-lo novamente na cruz. Mas na falta de Jesus, serve o Papa, que por muito menos (uma reflexão ou outra) já entrou na fila do linchamento.
Agora, com as redes sociais, todo mundo tem opinião. E todo mundo tem certeza de tudo! Cada um quer viver num mundo apenas com gente que concorda. Com gente parecida.
É como descascar uma cebola. Os mais distantes nunca prestam. A gente vai descartando as pessoas na medida em que elas "não te representam". Continua descascando quem não reza o seu alcorão particular. A sua Bíblia emocional cheia de regras e pecados. Descarta um por um até que sobre sua família e seus amigos. Logo depois você percebe que eles também não prestam e ao final fica apenas você, este ser individual e perfeito. Dotado de todas as virtudes do universo e pronta para julgar o mundo e as pessoas. As mesmas pessoas que jamais poderão te entender, não é mesmo? Que insistem em te decepcionar. Neste mundo ninguém presta, né? Por isso todos amam seus animais de estimação, estes seres que jamais discordaram de você, por isso são tão leais.
Todo mundo cheio de certezas. Ninguém considera a possibilidade de estar errado.
Com tantos santos, certamente teremos um futuro brilhante pela frente.
Só que não...