terça-feira, 18 de novembro de 2014

Golpistas, de volta para a caverna!


A estupidez paira no ar.
Os boçais foram todos encorajados.
Os maníacos da caixa alta saíram dos fóruns de internet e estão boiando por aí.
Foram alimentados durante anos. Comeram ração na tigela dos escravocratas. Beberam água na fonte da despolitização geral. Marombados e dopados pela velha mídia.
Ao abrir a gaveta da cômoda, deve-se escolher muito bem a cor camiseta que se vai usar. O perigo não é cruzar com a torcida organizada do time adversário.
Os maníacos da vez são garotos com os cabelos bem penteados proferindo frases feitas tão burras que não dá nem para responder.
Os meninos e meninas que faziam bullying na escola já cresceram. Ficaram fortes. Foram bem alimentados e protegidos. Batiam o pé e ganhavam um brinquedo novo. Gritavam mais alto e eram entregues às suas babás. Davam um pouco mais de trabalho e ganhavam de presente uma viagem para a Disney.
Agora estão aí, realizando protestos livres em favor da ditadura. Levantando capas de revista esperando a volta da censura. Fazendo birra porque o resultado das eleições não foi o que eles gostariam.
E mandam correios eletrônicos aos ianques clamando por uma nova emboscada.
E batem na porta do quartel implorando para que algum milico retire o pijama e entre em seu brilhante zepelim com dois mil canhões assim.
Aprenderam a fazer isso brincando de "espírito do copo".
Estão chamando qualquer assombração. Qualquer espírito maligno. O cão, o tinhoso, o coisa ruim. Qualquer um capaz de dar um golpe e restaurar as velhas hierarquias.
Enfim estão assumindo que a democracia no Brasil sempre foi um mal entendido.
A democracia parecia ser útil quando atendia ao propósito de legitimar o poder dos grandes grupos econômicos, absorvendo a necessidade de representação e participação política na sociedade brasileira.
A democracia desenhada pela oligarquia era um grande teatro. O cenário ideal para a manutenção dos velhos privilégios. E a mídia dirigia o espetáculo com maestria, cabendo ao povo o papel de referendar nas urnas a decisão anteriormente tomada pelos "formadores de opinião".
Nas últimas eleições não mais se ouviu a expressão "festa da democracia". Por que será, acabou a festa?
Alguns se fazem de civilizados. Dizem ser contra a "intervenção militar". Porém, contestar o resultado das eleições é ainda mais grave. Porque se ofende algo muito anterior à forma e o regime de governo. Quem pede a anulação das eleições coloca em jogo o princípio da igualdade. Como se o voto de uns valesse mais do que o voto de outros. Como se as motivações de quem supostamente seria "esclarecido" fossem mais valiosas do que as escolhas de quem deveria estar subjugado. Contestar o resultado das eleições é reivindicar a subordinação dos mais pobres. É exigir que cada um saiba o seu lugar na sociedade.
E sejamos francos, é justamente disso que se trata. Não é economia, inflação ou corrupção. Não à toa a babacolândia tenha sequestrado provisoriamente a bandeira do Brasil. Eles lutam em defesa das nossas tradições. Lutam pelo Brasil da Casa Grande e da Senzala. Saem à rua sonhando com um futuro de volta para o passado. Aquele país em que todos sabem silenciosamente o seu lugar e os pobres aceitam de bom grado os favores de seus senhores até mesmo quando são currados.
Agora, até mesmo alguns setores do antipetismo estão assustados.
Não imaginavam a cara nem o tamanho de sua obra.
Quem tem um mínimo de senso de legalidade, apreço pelo Estado democrático de direito e gosto pela liberdade, percebeu o tamanho desta canoa furada. 
Alguns se deram conta que num futuro próximo serão mordidos pelos cachorros loucos espumando pela boca. 
Estão temerosos com os terríveis monstros que eles mesmos libertaram.
Quando as lutas sociais estão acirradas, recomenda-se escolher rapidamente um lado, sob pena de ser esmagado.
Quem não tiver nada a ver com o hipotético golpe que fale de uma vez. Coloquem os seus dragões de volta na caverna.
Do lado de cá ninguém está com medo. A nossa gente não vai permitir que isso aconteça. Não vai rolar. Não dessa vez. Simples assim!

Nenhum comentário:

Postar um comentário