sexta-feira, 7 de junho de 2013

Brasileiro vaquinha de presépio ou baderneiro? Quem quer manter a ordem? Quem quer criar desordem?



Então... Cresci ouvindo que o brasileiro é pacifico. 

Seríamos todos como vaquinhas de presépio.

Que o povo apenas se mobiliza para organizar o Carnaval, torcer pelo time do coração e pra seleção.

Que a Copa do Mundo é um absurdo porque o povo não se importa com o que realmente afeta sua vida.
Que o povão está acostumado à levar na tarraqueta e aceitar tudo o que vem dos políticos.

Que os argentinos sim são aguerridos em seus panelaços.

Que os europeus são mais desenvolvidos porque lá as revoluções sangrentas lavaram a alma e fizeram justiça.

Que deveríamos fazer como os árabes em sua primavera tão discutível e controversa.



Mas acontece que ao menor sinal dos ruídos e transtornos próprios de protestos e manifestações, os mesmos que faziam o discurso do "brasileiro acomodado" viram o disco e começam a salivar, indignando-se com a ação criminosa dos baderneiros.

Ora, pelo visto devemos contar apenas com os trimiliques do Jô Soares e as carteiradas do CQC para nos redimirem e lutarem pelos nossos direitos?

Sou absolutamente contra a depedração do patrimônio público. Por principio e também pelo efeito político negativo que isso desencadeia na sociedade. Temos que sensibilizar a população, não afastá-la.

Mas é preciso dizer que ninguém mais aguenta essa cidade cara e insensível.

A passagem do transporte público é só um exemplo da carestia endêmica de São Paulo.

Neste bojo está toda uma teia de preços abusivos, serviços públicos péssimos e um Apartheid disfarçado que afasta e exclui quem vive longe demais do eldorado prometido na "cidade das grandes oportunidades".
Não! Nossa cidade tão querida há tempos deixou de ser a terra das oportunidades.

São Paulo se converteu na terra do "quem pode mais chora menos". Da ganância, da violência, da especulação imobiliária, dos preços abusivos. Ta todo mundo vendendo a alma pro diabo e jogando às favas qualquer sentimento de respeito e solidariedade para com o próximo.

O negocio agora é grana. E só!

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