quinta-feira, 19 de maio de 2011

Bin Laden não morreu!

Bin Laden não morreu

Bin Laden não morreu.

Não que eu queira criar aqui nenhuma nova teoria de conspiração.

Embora eu acredite que ele tenha sido baleado, fotografado, talvez tenha sido até mesmo decepado e jogado aos tubarões. Ainda assim, eu vos digo que Bin Laden morreu.

Bin Laden, assim como Saddam Hussein, foi cobra criada pelos norte-americanos. Saddam na guerra entre Irã x Iraque. E Bin Laden na guerra do Afeganistão contra a União Soviética.

Agora, os Estados Unidos, França e outros países interessados em se apropriar do petróleo libio, estão dando de mamar (com armas e dinheiro) para os bezerros terroristas que ainda são chamados de rebeldes anti Kadafi, mas que logo estarão ricos e armados. Prontos para estruturarem as suas próprias redes terroristas. Enquanto estes estiverem a serviço dos Estados Unidos serão rebeldes. Tão logo assumam suas posições políticas serão considerados terroristas.

O terrorismo é uma prática detestável. Os grupos que se valem desta ferramenta não mobilizam as massas e tampouco estão aptos a aprender com ela. Muitos utilizam a doutrina religiosa para objetivos políticos privados.

Mas dentro deste grande balaio chamado terrorismo cabe um monte de coisas.

Nelson Mandela que hoje ganha aura de líder pacifista, quando lutava contra o regime de apartheid era considerado terrorista. Mandela nunca foi pacifista, tampouco terrorista. Foi muito mais e melhor do que isso. Foi um líder que organizou seu povo contra a opressão e a injustiça.

Estou falando de Mandela, mas poderia falar de muitos outros líderes que foram tratados como terroristas porque lutavam contra a opressão das elites.

Mas é bom que se diga, Bin Laden era sim um terrorista. E da pior espécie, porque defendia a supremacia de uma aristocracia religiosa sobre o conjunto da sociedade. Era um elitista.

Com o advento das armas nucleares e a supremacia esmagadora de uma ou duas potências militares, a prática terrorista ganhou força. Agora, com estes atores não estatais, grupos militares que conseguem financiamento para suas práticas de guerra e que buscam desorganizar o discurso e a superioridade hegemônica.

Os Estados Unidos não mataram o Bin Laden, ao contrário, deram todo o reconhecimento que ele objetivou. E milhares de “binladenzinhos” nasceram ontem sonhando com um destino semelhante.

E os Estados Unidos continuam financiando seus futuros inimigos. Seja no Iraque, no Egito, na Líbia ou na Síria com o financiamento de grupos rebeldes. Vale de tudo na guerra por petróleo. Os interesses corporativos são mais importantes do que as vidas humanas.

A presença dos EUA no Oriente Médio continua sendo desastrosa. Muitas pessoas perderam suas casas, suas famílias, seus territórios e sua liberdade. As pessoas continuarão lutando. Alguns com desejo de justiça, mas outras com desejo de vingança. Violência gera violência, esta é a regra.

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